União não garante acerto

"Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela" Gn 11.1-9

Este famoso texto, que descreve o episódio conhecido como "Torre de Babel", é riquíssimo em lições para nossa vida. Hoje refletiremos numa delas.
Os homens que se aventuraram a construir a torre estavam unidos. A união deles foi reconhecida pelo Senhor, que disse no verso 6: "Eis que o povo é um... agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer". A união e a unidade, em si mesmas, são coisas boas; Cristo orou para que a Igreja fosse unida e que Seus discípulos vivessem em unidade (Jo 17.11, 21-22). Não foi a união do povo que provocou a desaprovação e consequente disciplina do Senhor, que confundiu as línguas dos homens. O pecado ali estava na moral e no propósito da união. Eles queriam "tornar célebre o próprio nome" (vs. 4) e continuarem juntos, quando a ordem de Deus para aquele momento era de espalharem-se e povoar a terra (Gn 9.7).
Nem toda a unidade, nem toda união é boa ou santa. É bastante possível que a maioria esteja unida em torno de um propósito comum, mas que esteja contrária à vontade de Deus! Nem toda multidão que se une em torno de um propósito conta com a aprovação de Deus!
Tome cuidado ao julgar ideias, ideologias, teologias, doutrinas, ou qualquer outra coisa, pela quantidade de adeptos. O evento da torre de Babel deixa claro que é possível que a maioria esteja redondamente enganada, fora da vontade de Deus. Julgue pela Palavra de Deus e pelo guiar do Espírito Santo. Deixe-se orientar pela doce e meiga condução do Espírito que habita em todo aquele que crê em Jesus Cristo; mergulhe na Bíblia atrás da orientação de que necessitas, e encontrarás as respostas que procuras. Tome cuidado com as maiorias...

Deus abençoe!