Pense por um instante. Deus é infinito, e infinitamente pleno em todas as virtudes. Perfeitamente santo, perfeitamente justo, perfeitamente belo, perfeitamente amoroso, perfeitamente bom, etc. Agora, imagine como um Ser como esse olha para nós, com nossas imperfeições e pecados. Não é extraordinário pensar que Ele escolha ser paciente conosco? Ah, quanta compaixão, quanta misericórdia!
Eu imagino que, se Deus resolvesse estancar sua misericórdia
por um instante sequer, e sua paciência se esgotasse, veríamos então toda a
fúria Dele contra nossas iniquidades e pecados, e certamente não existem
palavras, em qualquer idioma, que sejam suficientes para descrever o terror que
isso causaria! O autor bíblico também não encontrou palavras que fossem
realmente adequadas para essa descrição, usando então as mais próximas
possíveis, quando escreveu: “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo”
(Hb 10.31).
Obviamente, uma virtude de Deus não anula ou oblitera
outras; a longanimidade e bondade Dele não diminuem ou suprimem a Sua justiça e
santidade. Pensar que Deus desconsidera nossos pecados e faz “vista grossa”
para nossas iniquidades por causa do Seu amor e bondade é simplesmente
desfigura-Lo. Ele não deixa, jamais, de exercer qualquer de Seus atributos para
que outro seja também exercido. Todas as virtudes do caráter santo de Deus são exercidas
em plenitude constantemente, sem qualquer exceção. Apenas um ser perfeitamente
santo pode agir assim, e Deus é esse Ser!
No entanto, nós encontramos repouso na misericórdia de Deus.
Descansamos nosso coração na Sua bondade, e nossa esperança é nutrida pela Sua
longanimidade. A paciência Dele conosco é motivo de louvor e gozo no coração de
cada crente. Nossa alma suspira sempre que nosso pensamento é elevado até a
grandeza da majestade e paciência do nosso Soberano e Justo Senhor, Criador dos
céus e da terra!
Já louvou ao Senhor hoje pela paciência Dele contigo?
Deus os abençoe!
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