Os homens estão em busca de paz;
sempre estiveram. Na busca pela paz alguns já protagonizaram os mais incríveis e
insanos planos e métodos. Em alguns casos, até o suicídio foi admitido como
meio para se alcançar alguma paz.
No entanto, a paz pode ser compreendida e desejada de modos muitos diferentes. Alguns entendem a paz como a ausência de conflitos e/ou dificuldades; nesse caso a paz é uma paz com o meio e com as circunstâncias. Outros almejam a paz consigo mesmos, pessoal e íntima; nesse caso a paz é algum tipo de “paz de espírito”, um estado da alma, mais subjetiva, psíquica, envolvendo uma busca por um nível de autocontrole ou autoaceitação.
Mas há uma paz que os homens
geralmente desprezam para se dedicarem totalmente na busca pelos outros tipos
de paz. Essa é a paz com Deus! A Bíblia ensina que essa paz com Deus é
na verdade o fundamento que sustenta todas os outros tipos de paz, que nada
mais seriam do que reflexos e efeitos dessa paz maior, que transcende os
limites da capacidade humana natural.
Deus é nosso Criador, Ele nos fez
e nossa vida depende essencialmente Dele. Por isso o pecado e a consequente
separação (morte) que ele causou na nossa relação com Deus maculou essa paz,
deixando o homem exposto e condenado à falta de paz em todas as demais áreas da
vida e do ser. A paz consigo mesmo, com o outro, com o meio, todas elas foram
abaladas e comprometidas pela morte da paz com Deus por causa do pecado.
A boa notícia, todavia, é que o
próprio Deus resolveu resgatar a paz com o Seu ser criado à Sua imagem e
semelhança. A paz entre um ser humano e seu Criador é novamente possível por
meio de Jesus Cristo, o Conciliador e Mediador entre Deus e os homens (ITm 2.5).
Por meio de Jesus Cristo Deus reconciliou consigo o mundo:
“Ora, tudo provém de Deus, que
nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação” (IICo 5.18)
“a saber, que Deus estava em
Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas
transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (IICo 5.19)
“e que, havendo feito a paz
pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as
coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (Cl 1.20)
Essa reconciliação se efetiva
quando somos justificados por Deus. A justificação é o decreto divino de que
alguém está em Jesus Cristo gozando dos Seus méritos, e isso só acontece por
meio da fé em Jesus Cristo, como lemos no texto principal dessa reflexão. É por
meio da fé em Jesus que somos justificados; é por meio da justificação que
somos reconciliados com Deus e temos paz com Deus!
Logo, temos que observar que os
que não creem em Jesus Cristo não são justificados por Deus e, por conseguinte,
não desfrutam de paz com Deus. Antes, sobre esses a ira de Deus permanece (Jo
3.36). Mas, qualquer que vier a crer em Jesus Cristo receberá a bênção da
justificação!
Uma vez que a paz com Deus seja
estabelecida o abençoado filho de Deus goza, agora, das condições realmente
necessárias para que os outros tipos de paz sejam restaurados em sua vida. A
paz consigo mesmo começa a ser restaurada quando a paz com Deus nos lembra que
somos amados, guardados e honrados Nele (Jd 1.1); a paz com o outro começa a
ser restaurada quando a paz com Deus nos conduz a ver o outro como objeto do amor
de Deus (Jo 3.16), e daí por diante.
Você já desfruta de paz com Deus?
Deus os abençoe!
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