Me chamam Senhor, mas não fazem o que mando

“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lc 6.46)

Os seres humanos são muito criativos quando se trata de adulação. Desde pequenos já nascemos com a capacidade de bajular alguém para obtermos algo em troca. Não é assim com as crianças que conhecemos, ou as que fomos?

    Pois bem, na relação com Deus a mesma coisa acontece, e é muito mais comum do que se pode imaginar. Deus tem muitos bajuladores, mas poucos adoradores.

    Os bajuladores falam coisas lindas e tocantes sobre Deus e para Deus, mas jamais admitem que Ele seja Senhor de suas vidas. Cantam, escrevem, dizem e encenam as mais dramáticas declarações de amor para Deus, mas nenhum espírito servil se encontra em seu íntimo. Nenhuma disposição em seus corações para submeterem-se a Deus e Seus mandamentos e preceitos. Ao terminarem de expor suas enfeitadas bajulações ao Criador viram as costas e seguem suas vidas como se Ele não existisse, como se nada tivesse a ver com eles, andando segundo as inclinações da própria carne, fazendo a vontade dos próprios pensamentos e daquele que atua nos filhos da desobediência (cf. Ef 2.2-3).

    Os adoradores, entretanto, nem sempre produzem as mais belas orações, os mais harmoniosos cânticos ou textos tão elegantes e bem compostos, mas há neles algo que Deus procura. Nestes há um espírito manso e um coração quebrantado; neles há uma disposição graciosa que os submete à Palavra do Deus que adoram. “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido” (Sl 34.18).

    Não nos enganemos! A menos que haja obediência sincera no coração nossa adoração será tão desprezível a Deus quanto o próprio pecado.

    Que Ele tenha misericórdia de nós e nos ajude a obedecê-Lo!

    Deus os abençoe!