Livros de Teologia


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Os sons do céu

O que é o céu?
O céu é uma realidade, um lugar onde está o trono de Deus (Sl 113.5; Is 66.1), é a Sua morada (Mt 6.9) e abriga as hostes angélicas e seres espirituais que louvam e bendizem o Nome do SENHOR constantemente, servindo-Lhe conforme a Sua vontade (Hb 1.6; Ap 4.10; 5.14). Também estão no céu adorando a Deus as pessoas que foram redimidas por Ele e que morreram[1]. Jesus, após os quarenta dias que passou na terra depois da Sua ressurreição, foi para o céu (At 1.9-11) e, de lá, governa Sua Igreja na terra pelo Espírito Santo (IPe 3.22).
Dizer que Deus habita no céu é confuso para algumas pessoas. Elas questionam que o céu é só as camadas superiores da atmosfera terrestre, e que Deus não habita lá, pois os pilotos de aviões, astronautas nunca O viram, nem foi filmado ou fotografado por algum satélite. Mas o termo céu, na Bíblia, refere-se a um lugar de natureza espiritual, e não física, apesar de ser, de fato, um lugar (Jo 14.2-3). O termo céu foi usado pelos antigos pois traz em seu bojo a conotação de algo inatingível, alto, sublime. Para outras pessoas, um pouco mais espiritualizadas, Deus não habita no céu porque Ele é onipresente, ou seja, está presente em todo lugar e, por consequência, não habita em lugar algum. Mas quando a Bíblia diz que Deus habita no céu ela quer dizer que lá é o lugar onde a presença de Deus se manifesta com mais intensidade, onde a possibilidade de conhecê-Lo é a maior possível. Por isso tudo, é óbvio que qualquer ilustração, gravura ou iconografia do céu não fazem jus à realidade do céu, como a gravura acima que ilustra este texto. Mas, contudo, podem expressar a ideia geral que as Escrituras dão a respeito do tema.

Os sons do céu
Dois textos bíblicos falam sobre os sons do céu. Um deles é Lc 15.7, que diz: "Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento". O propósito do texto não é falar sobre o que é ou como é esse "júbilo maior no céu", mas deixa claro que há algum tipo de festa ou celebração no céu sempre que um pecador se arrepende de seus pecados e se entrega a Jesus como Seu Senhor e Salvador pessoal. Como será essa festança? Que hinos são cantados? Como reagem os seres celestes? Simplesmente não há como sabermos, mas uma coisa é certa: há júbilo, uma alegria transbordante que toma conta do céu por causa da salvação de uma alma humana na terra. Vemos com isso que a terra pode influenciar o céu de alguma forma, e isso é extraordinário!!!
O outro texto é Ap 8.1, que diz: "Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora". Aqui ocorrerá o contrário do texto jubiloso de Lc 15.7. O texto de Ap 8.1 precede fala do momento em que Jesus, o Cordeiro, abrirá o sétimo selo desencadeando o soar das sete trombetas que, por sua vez, anunciarão grandes tribulações sobre a terra. A descrição destas coisas é terrível (Ap 8.7-9.21; 11.15-19). O silêncio que antecede estas coisas é como uma expressão de luto, um réquiem silencioso que revela o pesar do céu em testemunhar os efeitos calamitosos do pecado sobre a criação. Talvez a meia hora mais triste da história eterna!
Que contraste temos aqui. Um só ser humano, confessando seus pecados e reconhecendo que Jesus é o seu Salvador e submetendo-se a Ele como seu Senhor, pela fé, provoca uma festa no céu e gozo no coração de Deus! Mas haverá uma meia hora em que a o pesar tomará o céu, anunciando o derramar da ira de Deus...
E agora? De qual dos sons queremos ser co-autores? De festa no céu ou de silêncio terrível?
"Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" Is 55.6-7
Entregue-se a Jesus!

Deus abençoe!
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[1] Com exceção de Enoque e Elias, que não morreram (Gn 5.24; IIRs 2.11), mas estão no céu.

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