"Tendo Jesus proferido estas parábolas, retirou-se dali. E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles" (Mt 13.53-58).
Jesus nasceu na pequenina Belém de Judá, mas passou sua infância, adolescência e boa parte da juventude na cidade de Nazaré, onde os fatos do texto acima se passaram. José, padrasto de Jesus e marido de Maria, sua mãe, possuiu ali sua oficina de carpintaria de onde retirou o sustento para si e sua família durante bons anos. O texto parece indicar que José foi o único carpinteiro da cidade por um longo período, pois os homens questionam: "não é este o filho do carpinteiro?", como se o ofício pudesse substituir o nome próprio de José para identificá-lo ou diferencia-lo de algum outro carpinteiro. Naquela cidadezinha da região da Galileia, norte de Israel, não muito distante do mar da Galileia, Jesus aprendeu a andar, a falar, a ler, brincou com amiguinhos, aprendeu o ofício de carpinteiro. Foi amigo, vizinho, colega de turma, membro da sinagoga local. Agora, algum tempo depois, Ele está ensinando a Palavra de Deus com uma autoridade e destreza sem igual, fazendo milagres extraordinários, tendo após Si seus próprios discípulos e é chamado de Mestre e de Profeta.
Quase todos naquela cidade não conseguiram reconhecê-Lo como um Mestre, apesar das evidências que lhes estavam diante dos olhos. Muitos, talvez sentados em cadeiras ou debruçados em mesas cuja madeira fora trabalhada pelas mãos do próprio Jesus, questionavam a origem de Sua sabedoria e custavam crer que fosse, de fato, um Profeta de Deus. Afinal de contas, Ele era apenas aquele menininho da carpintaria, sem muita distinção das outras crianças, que cresceu e agora dispõe de alguma fama.
A incredulidade dos nazarenos foi plantada pelo preconceito que fincou os pés no coração e mente daquele povo. A origem humilde e a juventude sem destaques não poderiam tê-Lo tornado o Mestre Profeta do calibre que agora testemunham com seus ouvidos e seus olhos, pensavam. É bastante provável que alguns dos irmãos de Jesus ainda morassem na cidade, e suas irmãs moravam, pois é isso que eles dizem: "não vivem entre nós todas as suas irmãs?". E o texto parece indicar que nem mesmo estes irmãos e irmãs de Jesus conseguiram ver além da muralha do preconceito, mesmo tendo vivido por um tempo na mesma casa que o Criador de todas as coisas!!!
Geralmente as pessoas dão pouco valor ao que se tornou "comum". Ver Jesus fazer coisas simples, cotidianas, corriqueiras, fê-los duvidarem e cegou-os para o fato de que Jesus era especial. Jesus não fez ali muitos milagres por causa da incredulidade deles, do seu preconceito.
E nós? Temos valorizado as pessoas especiais que convivem conosco? Conseguimos enxergar além da visão simplória dos hábitos corriqueiros e perceber o potencial extraordinário daqueles que nos rodeiam? Temos valorizado mais "os de fora" do que aqueles que vivem conosco? Temos vivido como se "a grama do vizinho fosse sempre mais verde"? Fica a reflexão para cada um de nós fazer uma autoanálise...
No final, uma coisa é certa: "Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa".
Deus abençoe.
Muito bom esse Devocional. Me levou à reflexão sobre o assunto. Parabéns pastor Arnaldo pelo site e obrigado por cuidar de nós, suas ovelhas.
ResponderExcluirObrigado pelo carinho, mas você esquecer de se identificar.
ExcluirBoa noite!
ResponderExcluirMuito me ajudou essa reflexão, obrigada!
Deus te abençoe!
Amo ouvir os mensageiros da minha congregação,não faço questão de mensageiros de fora os profetas da casa para mim tem muita honra Glória a Deus
ResponderExcluirBoa reflexão nos deixa nesse devocional . Deus abençoe.
ResponderExcluirMuito bom
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