"Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo" (Fp 2.14-15).
Eis o desafio: nos tornarmos irrepreensíveis e sinceros, inculpáveis... Sim, filhos de Deus somos pela fé em Jesus Cristo, conforme aprendemos em Jo 1.12: "Mas, a todos quantos o receberam [a Jesus], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome", ou seja, se não recebermos (em nossos corações, pela fé) a Jesus, o poder de ser feito filho de Deus não é dado, e isso implica numa condição de não filho de Deus de alguma maneira antes que isso aconteça. Mas o apóstolo Paulo está falando de algo ainda maior, do tipo de filho de Deus que somos. Somos irrepreensíveis? Somos inculpáveis?
Paulo está ecoando o ensino de Jesus registrado em Mt 5.14-16: "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus". Cristãos devem brilhar, se destacar, se diferenciar das trevas que caracterizam o mundo em que vivemos. Paulo descreveu essas trevas como uma geração pervertida e corrupta, e a nossa luz como luzeiros no mundo.
Um popular cântico entoado nas Igrejas evangélicas chamado "Sonda-me, Usa-me"[1], faz o seguinte pedido:
"Sonda-me, Senhor, e me conhece, quebranta o meu coraçãoTransforma-me conforme a Tua palavraE enche-me até que em mim se ache só a TiEntão, usa-me, Senhor, usa-meComo um farol que brilha à noiteComo ponte sobre as águasComo abrigo no desertoComo flecha que acerta o alvoEu quero ser usada, da maneira que Te agradeEm qualquer hora e em qualquer lugar, eis aqui a minha vidaUsa-me, Senhor, usa-me"
Este cântico, muito bonito e edificando em letra e melodia, parafraseia o apóstolo, só que do ponto de vista de quem anseia por obedecer sua determinação apostólica. Precisamos ser como um farol que brilha na "noite" que é a nossa geração... O que faz um farol? Faróis são um tipo de torre alta construídas perto do mar, geralmente onde muitas formações rochosas e bancos de areia oferecem riscos aos navios que transitam pelas águas, que emitem uma luz potente que orienta os navios em seu curso, principalmente durante à noite, onde a visibilidade diminui[2].
Pois bem, se isso é ser um farol, um luzeiro no mundo, orientando aqueles que trafegam pelas traiçoeiras águas do mundo, então precisamos emitir a luz de Deus e guiá-los a Cristo, o Porto Seguro onde possam tornar-se eles mesmos faróis também.
Segundo Jesus e Paulo, o único modo de brilharmos como faróis na geração corrupta é sendo, antes de tudo, filhos de Deus pela fé em Jesus, e apresentando boas obras que sejam abençoem, e fazendo tudo sem murmurações e contendas. Isso significa ser um cristão ativo, abençoador, gentil, prestativo, colaborador, que estende a mão, que socorre, tudo sem murmurar e reclamar, e sem contendas...
E nossa luz? Tem brilhado? Temos abençoado?
Deus abençoe.
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[2] Se quiser ler mais acerca dos interessantes faróis poderá fazê-lo aqui:
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